quarta-feira, dezembro 18, 2024
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Educação transforma o interior do Piauí em “capital da Matemática” com quase 300 medalhas em olimpíada nacional

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No interior de um dos estados mais pobres do Brasil, a esperança se fortalece quando a sociedade se une para valorizar a educação, unindo famílias, professores e o poder público. Um município do interior do Piauí tem ganhado destaque pelo desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (Obmep). Com quase 300 medalhas acumuladas ao longo de 18 anos de participação, Cocal dos Alves é conhecido como a “capital da Matemática”. O município, com cerca de 6 mil habitantes, está localizado a aproximadamente 300 km de Teresina.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a edição deste ano da Obmep contou com a participação de mais de 18 milhões de alunos, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A competição envolveu 55,3 mil escolas públicas e privadas, abrangendo 99,8% dos municípios brasileiros.

A trajetória de jovens como Ana Carla de Brito Amaral, aluna da Escola Estadual Augustinho Brandão em Cocal dos Alves, mostra como a Matemática tem sido uma porta de transformação pessoal e social para muitos. Inspirada desde cedo pelos colegas que conquistavam medalhas, Ana Carla decidiu que também se destacaria. E assim o fez, ganhando medalhas por seis anos consecutivos. Para ela e tantos outros, o estudo da Matemática não é apenas uma matéria, mas um caminho para um futuro com mais oportunidades, onde sonhos de cursar Engenharia, Medicina e Direito estão ao alcance. Essa busca pela excelência reflete a força e a esperança que a educação proporciona na vida dos jovens de Cocal dos Alves.

Um dos principais destaques de Cocal dos Alves é o Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Augustinho Brandão, responsável pela maior parte das medalhas conquistadas pelo município na Obmep. O professor Antônio Cardoso do Amaral, que lidera o projeto, é uma figura inspiradora. Ao portal do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), ele declarou: “A Obmep salvou a minha vida como professor. Sem ela, eu teria desistido da sala de aula”.

Em 2005, na primeira vez em que participou da Obmep, o professor conseguiu classificar 25 alunos para a fase final, alcançando 17 prêmios entre medalhas e menções honrosas. Esse resultado o motivou a intensificar a preparação dos alunos para a olimpíada, gerando conquistas contínuas.

A Olimpíada Brasileira de Matemática, promovida pelo Impa com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e financiada pelos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como público-alvo estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A competição busca incentivar o estudo da matemática e identificar jovens talentos na disciplina.

Segundo o MEC, a Obmep também visa “promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento e contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica”, permitindo que um número maior de estudantes brasileiros tenha acesso a material didático de qualidade.

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