sábado, outubro 18, 2025
InícioMancheteIrmãs piauienses condenadas por tráfico internacional de drogas, mas cumprem pena em...

Irmãs piauienses condenadas por tráfico internacional de drogas, mas cumprem pena em liberdade

As irmãs piauienses Ághata Castro e Ingrid Castro, presas em maio de 2023 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por transportarem cocaína no aparelho genital e no estômago, foram condenadas pela Justiça pelos crimes de tráfico de entorpecentes. O destino das duas era Paris, na França.

A sentença determinou uma pena de 2 anos e 11 meses de detenção em regime aberto, o que permite que as irmãs trabalhem ou estudem durante o dia, devendo retornar para casa à noite e nos dias de folga. Além disso, foi estipulado o pagamento de uma multa superior a R$ 12 mil.

Apesar da condenação, as duas irmãs não serão presas. Considerando a vulnerabilidade social e financeira das condenadas, a Justiça decidiu substituir a pena privativa de liberdade pelo pagamento de três salários mínimos (cerca de R$ 4.500) e a prestação de serviços comunitários durante o período da pena.

As irmãs também perderam os celulares, os chips e os 2 mil euros que carregavam no momento da prisão.

O crime de tráfico de drogas prevê pena de até oito anos de reclusão, mas a Justiça levou em conta que as irmãs não possuíam antecedentes criminais e viviam em condições precárias. Uma delas é mãe de três crianças pequenas, incluindo um bebê de nove meses, e ambas residem em uma casa simples com a avó. A família sobrevive da venda de açaí na porta de casa.

“A acusada é uma mulher pobre, mãe de três filhos pequenos, um deles com nove meses de idade. Além disso, vive com a avó, do que se presume que não foi cuidada pelos pais, com a irmã, ora corré, e os três filhos em imóvel simples e vivem de um pequeno comércio de açaí, na própria residência. Trata-se de pessoa em estado de vulnerabilidade social”, destaca a sentença.

Ainda que tenham realizado três viagens internacionais antes de 2020, a Justiça considerou que o tempo decorrido entre essas viagens e a prisão em 2023 impedia qualquer ligação entre elas e o crime de tráfico.

“Friso que, embora existentes três viagens anteriores, todas remontam a antes de 2020, o que afasta qualquer liame atual, fora a prisão em flagrante, com o tráfico internacional de drogas”, afirmou o juiz na decisão.

As irmãs poderão recorrer da sentença em liberdade.

spot_img
Mais Notícias
Matérias relacionadas