O maranhense Raphael Paixão, de 26 anos, natural de Imperatriz, teve parte da perna esquerda amputada após sofrer um grave ferimento durante uma missão como voluntário na guerra entre Ucrânia e Rússia. O jovem pisou em uma mina-borboleta — artefato explosivo proibido pela legislação internacional — e precisou se arrastar por cerca de nove quilômetros até conseguir socorro.
Segundo familiares, Raphael está hospitalizado e em estado de saúde estável, apesar da gravidade dos ferimentos. Ele perdeu a perna do joelho para baixo após uma cirurgia delicada. A notícia chegou à família nesta terça-feira (2), por meio de uma ligação feita diretamente do hospital onde ele está internado.
“Ele foi operado, está hospitalizado, perdeu o pé esquerdo, perdeu do joelho, um pouco do joelho para baixo, mas está estável, está vivo, né? Foi um milagre de Deus. Ele contou um pouco do que aconteceu. Ele andou nove quilômetros, arrastado por um outro militar, que ‘tava’ dando suporte pra ele, ele ‘tava’ muito machucado, mas graças a Deus, para honra e glória de Jesus, ele conseguiu”, relatou Neila Paixão, mãe do soldado, em vídeo enviado à imprensa.
Raphael cursava Direito em uma faculdade particular de Imperatriz, mas interrompeu os estudos em agosto de 2024, quando se mudou para a Holanda com a então namorada. Após o fim do relacionamento, decidiu se alistar como voluntário no Exército ucraniano, integrando o 3º Batalhão da Brigada de Assalto.
Durante mais de 20 dias, Raphael ficou incomunicável, o que gerou boatos e fake news sobre sua morte nas redes sociais. A informação foi desmentida em uma ligação recente, na qual ele tranquilizou a família.
De acordo com Neila, o filho foi influenciado por colegas que conheceu na Europa. Durante o período em que esteve desaparecido, a família enviou e-mails ao governo da Ucrânia e buscou apoio junto a autoridades brasileiras para obter informações sobre o paradeiro do jovem.
O que são minas-borboleta?
As chamadas minas-borboleta são um tipo de mina terrestre com formato semelhante ao de uma hélice ou borboleta, medindo entre 7 e 10 centímetros de largura. Elas são conhecidas por causar ferimentos graves, especialmente em civis, e são proibidas por tratados internacionais devido ao seu alto potencial de mutilação e ao fato de permanecerem ativas mesmo após o fim dos conflitos.
A família agora aguarda a r
