quinta-feira, julho 17, 2025
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Após escândalos, delegado é exonerado por comportamento violento em bar

O delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares foi oficialmente demitido do cargo por decisão da Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança (CGD) do Ceará. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 14 de junho de 2025 e está relacionada a um episódio ocorrido em 2018, quando o então policial agrediu um mecânico e disparou tiros para o alto após uma discussão em um bar no município do Crato. Ainda cabe recurso da decisão.

Embora Paulo Hernesto tenha ganhado repercussão nacional em novembro de 2023, ao ser flagrado dando um tapa em uma mulher após um acidente de trânsito e urinando em uma viatura da Polícia Civil, sua demissão se refere exclusivamente ao caso anterior, de 2018, que foi alvo de um processo administrativo disciplinar instaurado pela CGD em 2020.

Caso no bar

O episódio que motivou a demissão ocorreu em dezembro de 2018, quando o delegado participava de um bingo durante a abertura de um campeonato no Crato. Segundo o processo, ele apresentava sinais de embriaguez, iniciou uma discussão com um mecânico, chegou a agredi-lo com um tapa e, após ser repreendido pelo dono do bar, efetuou disparos para o alto antes de deixar o local. À época, Paulo Hernesto tinha apenas seis meses de atuação na Polícia Civil, estando ainda em estágio probatório.

Decisão da CGD

Na decisão, a CGD apontou diversas transgressões disciplinares, como comportamento incompatível com o cargo, exibição indevida de arma de fogo, abuso de autoridade e envolvimento em jogo de azar. O órgão destacou que a conduta do delegado não condizia com os valores esperados de um servidor público, especialmente no início da carreira.

Repercussão recente

Apesar de a demissão não estar vinculada ao caso mais recente, Paulo Hernesto continua respondendo a processos administrativos e judiciais pelos fatos ocorridos em 2023, quando foi filmado agredindo uma mulher durante uma discussão com moradores após um acidente de trânsito em Aurora. No mesmo episódio, ele foi preso após urinar em uma viatura da Polícia Civil e desacatar policiais.

Ele chegou a ser afastado do cargo e preso, mas foi solto em abril de 2024 para responder ao processo em liberdade. O Ministério Público do Ceará (MPCE) o denunciou por seis crimes, incluindo embriaguez ao volante, ameaça e lesão corporal.

Em julho de 2024, o delegado foi condenado, em primeira instância, a nove anos de prisão e à perda do cargo, decisão que ainda não transitou em julgado. A defesa de Paulo Hernesto ainda pode recorrer da demissão administrativa e da condenação judicial.

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