sexta-feira, agosto 1, 2025
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Empresário acusado de matar esposa e forjar suicídio volta a ser preso durante operação em Teresina

O empresário Eliesio Marinho da Silva, proprietário da revendedora Corolla Veículos, foi preso novamente nesta quinta-feira (31) durante uma operação integrada das polícias Civil e Militar do Piauí. A ação tem como alvo uma célula criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao todo, a operação cumpre 76 ordens judiciais, incluindo 28 mandados de prisão e nove de interdição de estabelecimentos comerciais. Pelo menos cinco pessoas já foram presas e quatro conduzidas à sede do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) para prestar esclarecimentos.

Acusado de feminicídio

Eliesio responde por feminicídio contra a própria esposa, Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, morta em 2023. Inicialmente tratado como suicídio, o caso teve nova reviravolta após o laudo cadavérico apontar que o disparo que matou Kamila foi feito a longa distância — o que descarta a possibilidade de tiro autoinfligido.

As investigações revelam que o empresário teria montado uma cena para simular o suicídio da esposa. No local do crime, Kamila foi encontrada morta no quarto do casal, com uma faca em mãos, uma pistola ao lado do corpo e a filha do casal, de apenas dois anos, também presente. A arma apreendida estava com o gatilho travado.

Eliesio chegou a ser preso temporariamente durante as investigações, mas havia sido solto. Agora, ele foi detido novamente por força de um mandado de prisão expedido pela Justiça, que permanecia em aberto.

Apreensões e desdobramentos

Durante a operação, os policiais apreenderam um cofre na residência do empresário, contendo documentos que foram encaminhados para análise no Denarc. Mais de 50 veículos da Corolla Veículos também devem ser recolhidos ao longo da ação.

Em outro endereço, localizado em um condomínio de luxo na zona leste de Teresina, os agentes apreenderam um carro BMW branco, armas de fogo, pistolas e entorpecentes.

Investigações anteriores

A célula criminosa desarticulada nesta quinta-feira foi identificada com base em informações obtidas durante uma operação deflagrada no ano passado. Segundo a polícia, o grupo tem conexões com uma rede criminosa que inclui Alandilson Cardoso, preso desde novembro de 2024, em Minas Gerais, pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

As investigações seguem em andamento, e novas prisões ou apreensões não estão descartadas.

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