Em continuidade à participação na COP30, o governador Rafael Fonteles integrou, nesta terça-feira (11), dois painéis que ampliaram o debate sobre o papel do Nordeste na transição energética global e na proteção dos biomas do semiárido. As discussões trataram do conceito de powershoring como vetor de industrialização verde e das estratégias de convivência sustentável com a Caatinga – bioma exclusivo do Nordeste brasileiro e essencial no enfrentamento às mudanças climáticas.
O powershoring é um conceito recente ligado à transição energética e à reindustrialização verde, que propõe que indústrias intensivas em energia (como as de aço, hidrogênio verde, fertilizantes e alumínio) sejam instaladas em regiões que produzem energia limpa e barata, como o Nordeste brasileiro, em vez de permanecerem em países que ainda dependem de combustíveis fósseis. A ideia é atrair investimentos e gerar empregos onde há abundância de sol e vento, transformando essas vantagens naturais em desenvolvimento sustentável e competitivo.
O governador destacou que o Consórcio Nordeste está empenhado em transformar essa vantagem energética em uma alavanca para a industrialização verde da região. “Esse é um tema que o Consórcio Nordeste está se dedicando plenamente com toda a sua força política para que a gente não perca a oportunidade de industrializar o Nordeste brasileiro a partir de uma indústria verde e inovadora. O Powershoring é talvez a principal bandeira de industrialização do Nordeste porque temos energia limpa, abundante, e no caso do Piauí, a matriz elétrica mais limpa do Brasil. Queremos atrair indústrias que consumam essa energia nos nossos estados”, afirmou Rafael Fonteles.

Encerrando sua participação nos painéis do dia, Rafael Fonteles integrou o debate “Caatinga: Segurança Hídrica em Tempos de Crise Climática e as Abordagens ‘Whole of Government’ e ‘Whole of Society’”, ao lado das governadoras Fátima Bezerra (RN) e Raquel Lyra (PE). O encontro reuniu gestores públicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil para discutir caminhos concretos de convivência sustentável com o semiárido e fortalecimento das ações climáticas no território.

“Participei de um painel fundamental na COP30 sobre a Caatinga, destacando o potencial da sua biodiversidade e o papel estratégico que esse bioma exerce na retenção de carbono. Trata-se de um ecossistema único no mundo, presente quase exclusivamente no Nordeste brasileiro, e que contribui diretamente para o enfrentamento às mudanças climáticas. Por isso, sua valorização está totalmente alinhada à agenda da COP e ao desenvolvimento sustentável da nossa região”, explicou o governador.
A COP30, realizada na região amazônica, tem se consolidado como uma vitrine de oportunidades. Os painéis do Piauí têm como meta atrair financiamentos climáticos, cooperação técnica e novos investimentos privados, consolidando o estado como referência nacional e internacional em ação climática e transição energética.


