terça-feira, agosto 5, 2025
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Megaoperação contra anabolizantes ilegais mira influenciadores e laboratórios

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta terça-feira (5) a Operação Dead Shark, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada na falsificação e comercialização ilegal de medicamentos controlados, incluindo anabolizantes e emagrecedores.

De acordo com as investigações, os produtos eram fabricados em laboratórios clandestinos, conhecidos como underground labs, utilizando insumos importados da China e do Paraguai. A venda era realizada diretamente ao consumidor, sem a exigência de receita médica, por meio de um site identificado como Redshark.

A operação cumpre 85 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão temporária em 28 cidades de 11 estados brasileiros. Somente em São Paulo, são 57 alvos, espalhados pela capital e por municípios como Guarulhos, Campinas, Jundiaí e São José dos Campos. A força-tarefa conta com 510 policiais civis distribuídos em 255 equipes no estado.

A investigação, conduzida pela 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), já dura cerca de um ano e estima que a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 25 milhões nos últimos cinco anos. Todos os bens dos investigados serão bloqueados por decisão judicial.

Influenciadores digitais também estão entre os alvos da operação, acusados de promover os produtos ilegais nas redes sociais. Um dos nomes citados é o de Jorlan Vieira, conhecido no meio fitness. Mandados de busca foram cumpridos nas residências de diversos criadores de conteúdo.

O material apreendido e os presos na capital paulista estão sendo encaminhados à sede da Cerco, no centro de São Paulo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorizava a produção ou distribuição dos medicamentos, o que caracteriza crime contra a saúde pública.

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