terça-feira, julho 1, 2025
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Mesmo com maternidade mais tardia, Piauí mantém uma das maiores taxas de fecundidade do Brasil

Apesar do aumento da idade média em que as mulheres se tornam mães, o Piauí ainda figura entre os estados com maior taxa de fecundidade do país. É o que revelam os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, a média de filhos por mulher no estado é de 1,99, número superior à média registrada na Região Nordeste (1,73) e também acima da média nacional, que ficou em 1,61. Embora o índice tenha caído em relação a décadas anteriores, o Piauí segue entre os líderes em fecundidade no cenário brasileiro.

Para efeito de comparação, o Distrito Federal apresentou a menor taxa de fecundidade do Brasil: 1,44 filho por mulher.

O IBGE destaca que o Brasil passa por uma intensa transição demográfica, com queda nas taxas de fecundidade e aumento na idade média da maternidade. No Piauí, essa mudança também é visível: em 2010, a idade média das mulheres ao terem filhos era de 25,9 anos. Em 2022, esse número subiu para 27,4 anos.

Mesmo assim, fatores como menor acesso à educação, limitações nas políticas de planejamento familiar e aspectos culturais contribuem para que o estado mantenha uma taxa de fecundidade acima da média nacional.

O estudo também revela diferenças significativas de comportamento conforme o grau de escolaridade: mulheres com ensino superior completo têm, em média, filhos mais tarde (30,4 anos) e em menor número. Já entre aquelas com menos anos de estudo, a fecundidade tende a ocorrer mais cedo e em maior proporção.

A fecundidade é um dos indicadores que mais afetam diretamente o crescimento populacional. O IBGE ressalta que o Brasil vive um processo de desaceleração no ritmo de crescimento populacional nas últimas décadas, sendo a queda da média de filhos por mulher um dos principais fatores desse cenário.

A nova realidade demográfica impõe desafios e oportunidades para políticas públicas nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento social, especialmente em estados como o Piauí, onde contrastes regionais e sociais ainda moldam profundamente os indicadores populacionais.

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