A reta final das eleições se aproxima. A nove dias do primeiro turno das eleições, marcado para ocorrer no dia 6 de outubro, o Brasil contabiliza mais de 450 casos de violência contra candidatos e candidatas que disputam cargos majoritários e proporcionais no país. No Piauí o caso não é diferente. Dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), o estado contabiliza ao menos 14 casos de violência desse tipo, o terceiro maior índice do país.
Até o momento, segundo o levantamento da Unirio, o estado de São Paulo lidera o ranking de violência política no país, com 29 casos, seguido pelo Rio de Janeiro (20) e o Piauí (14). Ao todo, foram registrados 455 casos de violência desse tipo entre o início de janeiro e o dia 16 de setembro deste ano.
O levantamento foi dividido entre trimestres, assim segmentado: no primeiro trimestre ocorreram 68 casos, no segundo, 155 e, no terceiro, 232 registros. O maior patamar no último semestre, segundo especialistas, se dá em razão da proximidade com o pleito eleitoral, marcado por um elevado acirramento entre candidatos em determinadas regiões.
Observatório da Violência Política e Eleitoral observou ainda acerca dos diferentes tipos de violência. sendo 94 casos de violência física (sendo 15 homicídios), 49 de violência psicológica, 19 de violência econômica e 11 simbólicas.
Plano integrado de Segurança Pública nas eleições
Ao O Dia, o comandante-geral da Polícia Militar do Piauí (PMPI), Coronel Scheiwann Lopes, destacou que, além da tropa da PM, a segurança durante o pleito contará com o apoio de outras forças de segurança pública do estado. Ele enfatizou ainda que o plano de segurança foi elaborado com antecedência.
“A PMPI já tem seu plano traçado para as eleições de 2024. Esse planejamento, inclusive, já foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), responsável por coordenar todo o processo eleitoral no Piauí. Teremos mais de 6.500 homens e mulheres empregados em todo o estado, cobrindo os 224 municípios, onde há mais de 3.560 locais de votação, com cerca de 11 mil seções eleitorais e um eleitorado de mais de 2.660.000 votantes”, disse.
Apesar da força-tarefa demandar de um grande efetivo de militares, Scheiwann Lopes ressalta que as forças de segurança pública estão preparadas para auxiliar na lisura do processo democrático.
“É um processo grande e complexo, que exige a atenção das forças de segurança, especialmente da Polícia Militar. Contaremos também com o apoio da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Penal e Guardas Municipais, que nos ajudarão a atender toda a demanda que o processo eleitoral impõe”, finalizou.