quarta-feira, novembro 12, 2025
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Polícia pede prisão preventiva de estrangeiros presos na Operação Macondo; agiotagem teria levado empresário ao suicídio

O superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, Matheus Zanatta, anunciou que vai representar pela prisão preventiva dos estrangeiros detidos durante a Operação Macondo, deflagrada na última terça-feira (11). A ação teve como objetivo cumprir mandados contra suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada à concessão irregular de crédito (agiotagem), lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Segundo Zanatta, a intenção é transformar as prisões temporárias em prisões preventivas por prazo indeterminado, garantindo a continuidade das investigações.

“Com certeza, haverá desdobramentos dessa operação. Já estamos analisando documentos e celulares, e novas fases da investigação devem ser deflagradas”, destacou o delegado.

Familiares e vítimas dos agiotas também procuraram a Secretaria de Segurança Pública para denunciar o grupo.

“Hoje, nós vamos começar a ouvir essas vítimas. Algumas relataram que familiares chegaram a cometer suicídio em virtude da pressão que sofriam desses investigados”, informou Zanatta.

Durante as oitivas realizadas na sede da SSP, alguns dos alvos da operação permaneceram em silêncio, enquanto outros colaboraram, revelando detalhes sobre a dinâmica dos empréstimos, as cobranças e a hierarquia dentro da organização criminosa.

A Polícia Civil do Piauí confirmou ainda que a morte de um empresário do setor de motopeças, ocorrida no bairro Parque Piauí, em Teresina, está diretamente ligada à atuação do grupo de agiotagem.
De acordo com o delegado Leonardo Alexandre, o empresário era alvo de ameaças e cobranças constantes, o que teria causado forte abalo psicológico e levado ao suicídio. O inquérito aponta que a vítima devia mais de R$ 40 mil aos agiotas estrangeiros, e mensagens encontradas em seu celular comprovam o tom intimidatório das cobranças.

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