A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida na Itália desde julho, tenta impedir sua extradição ao Brasil com o argumento de que é vítima de perseguição política. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por crimes como invasão de sistema e falsidade ideológica.
A defesa da parlamentar sustenta que o processo no Brasil foi conduzido com parcialidade e usa como base a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, na Lei Magnitsky Global. A norma americana prevê sanções a autoridades acusadas de abusos e foi acionada por aliados de Jair Bolsonaro.
Zambelli está presa na penitenciária de Rebibbia, em Roma, após fugir do Brasil e ficar semanas em local desconhecido. O governo brasileiro já enviou o pedido de extradição, que inclui também uma investigação sobre perseguição armada em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
Mesmo com cidadania italiana, a permanência da deputada no país europeu não está assegurada. A decisão será do Judiciário italiano, que avaliará se há motivos legais para impedir ou conceder a extradição. Enquanto isso, ela segue detida e sem data para retornar ao Brasil.