Cresceu a pressão sobre o técnico Fernando Diniz no São Paulo depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO, neste domingo. A distância para o Inter, líder do Campeonato Brasileiro, subiu para sete pontos.
Internamente, já há quem aponte a situação do treinador como “muito difícil”. É esperada uma reunião entre o presidente do clube, Julio Casares, e Fernando Diniz ainda nesta segunda-feira. Diante da pressão pela queda do treinador, é possível que o dirigente comunique a demissão.
Se a demissão de Diniz se confirmar, é provável que Raí também deixe a diretoria neste momento e que Rui Costa, já contratado para o cargo de diretor-executivo, assuma. Raí tinha acordo para permanecer no clube até o final do Brasileiro.
A pressão
O próprio técnico reconhece fazer em si mesmo uma cobrança “gigante” pela crise do time, mas diz não pensar em pedir demissão.
Nas últimas semanas, a avaliação do trabalho de Diniz por parte da diretoria do São Paulo tem sido jogo a jogo. Nesse contexto, a falta de reação da equipe e os nove dias sem jogos pela frente (o próximo duelo será no dia 10, contra o Ceará) põem um ponto de interrogação sobre o futuro do treinador no clube.
Isso porque, com as chances de título cada vez mais remotas, ele não deverá permanecer para a temporada de 2021 – exceção feita a uma reviravolta que resulte em uma arrancada na reta final do campeonato.
Momento de decisão
A cinco jogos do fim do Brasileirão, o São Paulo terá agora o maior intervalo de tempo entre dois jogos até o fim da competição.
Isso porque o clássico com o Palmeiras foi adiado para o dia 19 de fevereiro, por conta da classificação do rival ao Mundial.
Há sete jogos sem vencer, o time caiu de primeiro para quarto no Brasileirão. Saiu de sete pontos de vantagem para os mesmos sete de desvantagem em relação ao líder Internacional.
O atual jejum (sete jogos consecutivos sem vencer, sendo seis pelo Brasileirão) igualou o maior período de seca de Fernando Diniz no clube, ocorrido entre setembro e outubro. O técnico admite que agora o São Paulo tem um dos seus piores desempenhos com ele. Por que houve essa queda?
– É uma pergunta que a gente tenta responder desde que começou essa sequência. Acho que pesa a desclassificação na Copa do Brasil (na semifinal para o Grêmio). Tivemos jogos em que as coisas não aconteceram. O jogo do Coritiba, que a vitória escapou. Hoje, com 1 a 1, tivemos o ataque e não fizemos. Buscamos solução todos os dias. Trabalho não está faltando. Ninguém está feliz com isso. É trabalhar e tentar acertar o time – afirmou.
Ainda na noite de domingo, logo após a derrota para o Atlético-GO, a delegação retornou para a capital paulista. O presidente Julio Casares não viajou com o elenco para o jogo.
Ele e o dirigente do departamento de futebol Carlos Belmonte Sobrinho deverão ser os maiores responsáveis pelas próximas decisões.
Fonte: GE