O jornalista americano Evan Gershkovich foi indiciado por espionagem na Rússia nesta sexta-feira, segundo as agências de notícias russas. Ele nega categoricamente as acusações que podem resultar em uma pena de 20 anos de prisão. Correspondente do The Wall Street Journal, Gershkovich foi detido na semana passada na Rússia.

O Serviço Federal de Segurança russo afirmou que a detenção de Gershkovich “frustrou as atividades ilegais” do jornalista, acusado de “espionar para o governo americano”. No entanto, o The Wall Street Journal afirmou que a acusação é “categoricamente falsa”.
O jornal de Nova York ressaltou que tem exigido a libertação imediata de Gershkovich desde o início do caso. O repórter é especializado em cobertura de temas relacionados à Rússia e às ex-repúblicas soviéticas, e a prisão gerou preocupação entre organizações de direitos humanos e grupos de imprensa.
A situação de Gershkovich se soma a uma série de casos de jornalistas ocidentais detidos na Rússia nos últimos anos. As autoridades russas são frequentemente criticadas por reprimir a imprensa independente e limitar a liberdade de expressão.
A prisão de Gershkovich também ocorre em meio a tensões crescentes entre Estados Unidos e Rússia, com disputas em temas como a anexação da Crimeia e a suposta interferência russa nas eleições americanas. O governo americano já pediu a libertação imediata do jornalista detido.
Ativistas dos direitos humanos alertam que acusações de espionagem são frequentemente usadas como pretexto para silenciar jornalistas e críticos do governo. A situação de Gershkovich deve ser monitorada de perto pelas autoridades e organizações internacionais para garantir que seus direitos sejam respeitados.