Um historiador explica sobre as origens da celebração.
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Para os cristãos o Natal é uma das datas mais importantes do ano, junto com a Páscoa, que celebra a morte e ressurreição de Jesus. Ao contrário do conhecimento popular, para o cristianismo o Natal não é o aniversário de Jesus, mas sim a memória do seu nascimento.
Além de um data relevante para o comércio, o natal é mais que troca de presentes e decoração. O Padre Yago Waquim, da Paróquia Santa Joana Darc, na Arquidiocese de Teresina, explica que para os católicos Jesus é o “Deus conosco” e no Natal é celebrado a sua chegada ao mundo.
“O dia 25 dezembro é o dia da grande solenidade do Natal do Senhor, ele é precedido da chamadas vésperas, ou seja, a partir das 15h da tarde do dia 24 – segundo as normas do calendário litúrgico- já celebramos o nascimento de Jesus, o Natal de Jesus em forma de vigília. Portanto, celebramos no 24 de dezembro à noite a tradicional missa do galo. O nome vem de uma tradição antiga que afirma que o galo cantou no momento exato do nascimento de Jesus” disse O Padre
Não há comprovação sobre o dia exato em que Jesus nasceu, segundo o historiador, professor Lenilson Portela a origem da celebração está mais relacionada a um percurso histórico. De acordo com o professor os cristãos dos primeiros séculos festejavam o Natal no dia 6 de janeiro, onde atualmente as igrejas do ocidente celebram a “Epifania do Senhor” ou “Festa dos Três Reis Magos”, momento em que se reconhece o menino Jesus como “filho de Deus e salvador”.
“Nos primeiros séculos do cristianismo nós vamos perceber que essa festividade não se comemorava no dia 25 de dezembro, mas no dia 6 de janeiro, uma tradição que se guarda até hoje dentro das igrejas orientais, como é o caso da igreja ortodoxa”, explica o professor
Na data do Natal acontece o chamado Solstício de inverno no continente europeu, quando a noite fica mais longa e o dia mais curto. A história indica que os romanos pagãos pensavam que esse efeito era uma espécie de ameaça aos deuses e passaram a realizar uma festa todo ano para agradar o “Deus sol”. A igreja então instituiu o natal em 25 de dezembro para enfraquecer a celebração pagã e propagar a semente da presença de Jesus. Segundo o professor Lenilson, essa é umas das teorias mais aceitas e conhecidas popurlarmente.
“Entra uma série de teorias e histórias uma das que acabou se popularizando e a de se celebrar o Natal do 25 como uma tentativa de criticar uma celebração que era pagã, onde era feita uma espécie de adoração ao Deus Sol. De fato o cristianismo com o passar do tempo foi promovendo esse processo de cristianização de um conjunto de elementos e simbologias que tinham origem no paganismo. Isso tinha uma função pedagógica, de fazer com que aqueles povos acabassem reconhecendo a pessoa de Jesus”, explica Lenilson
No Piauí, a data é comemorada com programações de missas em várias igrejas.
