O juiz Danilo Melo de Sousa, da Vara Única da Comarca de Miguel Alves, em decisão desta quarta-feira (27), absolveu seis policiais militares que se envolveram na morte do gerente Ademyston Rodrigues Alves, de 34 anos, quando era feito refém por assaltantes de bancos no ano de 2013 na cidade de Miguel Alves. Durante a troca de tiros, três bandidos foram mortos.
O caso ocorreu no dia 30 de abril de 2013, quando cinco bandidos armados assaltaram uma agência do Banco do Brasil na cidade de Miguel Alves. Na fuga, o gerente Ademyston Rodrigues e outro refém foram levados pelos bandidos. Em uma barreira policial, os criminosos não pararam, e então ocorreu uma troca de tiros, que terminou com a morte de três bandidos e também do gerente. O outro refém, que estava no porta-malas, sobreviveu. Na ocasião, dois bandidos conseguiram fugir.
O Ministério Público ingressou com uma Ação Penal por homicídio qualificado contra os seis policiais, que na época faziam parte do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Eles estavam respondendo pela morte do gerente e também dos assaltantes que foram mortos, identificados como Maylon Melo de Sousa, Horlean Pereira Araújo e Higo Flores da Silva. Na ação, o MP alegou que os policiais agiram com dolo eventual, após efetuarem disparos de arma de fogo contra o veículo dos assaltantes, ante a previsibilidade de existência de reféns. Mas, mudou de posicionamento e pediu em seu novo parecer que os réus fossem absolvidos, por entender que não houve crime.
“Ao longo do decurso do processo, três promotores passaram pelo caso e o entendimento da ação foi modificado. O próprio Ministério Público entendeu que não houve crime, que os policiais agiram dentro da doutrina e conforme as regras do gerenciamos de crise. Além disso ficou claro que os policiais não tinham conhecimento de que haviam reféns dentro do veículo”, explicou o advogado Auro Costa que defendeu os policiais.
(Fonte:cidadeverde.com)