A operação deflagrada pelas forças de segurança do Piauí já resultou na apreensão de nove veículos utilizados em corridas ilegais. Entre os automóveis recolhidos estão modelos de alto desempenho, como um Porsche 718 Boxster — avaliado em mais de R$ 770 mil — além de um Chevrolet Camaro, uma BMW e outros carros esportivos envolvidos nas práticas clandestinas.
As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em 29 endereços residenciais e comerciais localizados em Teresina e Timon (MA). O objetivo foi reunir provas e interromper uma cadeia de crimes relacionados à direção perigosa e às competições automobilísticas ilegais.
Durante a ação, foram executadas diversas medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário, incluindo:
- Suspensão da permissão para dirigir ou da CNH, com proibição de emissão por seis meses;
- Recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana;
- Proibição de frequentar bares, casas noturnas e locais conhecidos pela realização de rachas.
A Justiça também ordenou que, no prazo de 24 horas, os investigados apaguem de todas as suas redes sociais publicações que façam apologia a crimes de trânsito, especialmente conteúdos que exibam ou incentivem manobras perigosas. Em alguns casos, foi imposta ainda a utilização de tornozeleira eletrônica. O descumprimento das medidas pode resultar na decretação da prisão preventiva.
O diretor de Operações de Trânsito da SSP-PI, Fernando Aragão, destacou o risco associado aos veículos de alto desempenho apreendidos.
“São veículos de luxo que conseguem alcançar velocidade em um tempo mais curto, e essas pessoas acabam fazendo uso desse tipo de veículo para essas práticas de rachas. A intenção deles é justamente essas manobras perigosas. Em contrapartida, os acidentes são mais violentos e geram ferimentos graves, muitos deles com mortes”, explicou.
Ele ressalta que a operação é mais uma iniciativa para reduzir os riscos e salvar vidas.
“Sabemos que o artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro existe para coibir rachas e manobras perigosas, porque esse tipo de ação tira vidas — não apenas das pessoas que participam, mas também de terceiros que nada têm a ver com a situação”, completou Aragão.
A operação foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI) e contou com apoio da Polícia Civil (PC-PI), Polícia Militar (PM-PI), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Diretoria de Operações de Trânsito (DOT), Gerência de Operações e Investigação Criminal (GOIC) e Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP).


