A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou, na tarde desta segunda-feira (6), que vai solicitar à Justiça a decretação da ilegalidade da greve dos trabalhadores rodoviários do sistema coletivo.
A greve da categoria já dura mais de 50 dias. Em Assembleia realizada hoje os trabalhadores decidiram que não irão acatar a proposta do Ministério Público do Trabalho de retornar as atividades nesta terça-feira.
A sugestão do MPT era de voltar a operação, mesmo estando em greve, porém com 70% da frota nos horários de pico e 30% nos horários de entrepicos. Mas os trabalhadores decidiram continuar de braços cruzados enquanto não tiverem a garantia de que irão receber tiquet alimentação e plano de saúde no mês de agosto.
O presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, disse que a situação da categoria é preocupante e que, desde o início da pandemia, 600 trabalhadores já foram demitidos. Eles querem que o MPT intervenha junto aos empresários do setor para assegurarem pagamento do tiquet e plano de saúde. O sindicato chegou a pedir que a prefeitura subsidiasse o mês de agosto, mas, segundo Ajuri, a reposta foi negativa.
O Sindicato dos Empresários do Transporte Urbano de Teresina (Setut) lametou a decisão do Sintetro e defendeu que o posiciomanento do trabalhadores está em total desrespeito ao que acordou perante o Ministério Público do Trabalho (MPT).
O sindicato dos empresários informou que irá aguardar o posicionamento da procuradoria do Trabalho, “tendo em vista que o mesmo não ingressou com dissídio de greve, por ter conseguido esse acordo com os sindicatos patronal e laboral, onde ambos já haviam concordado com o retorno da frota acima referida”.
*Com as informações do Cidade verde