sexta-feira, novembro 22, 2024
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Ufpi e Ifpi devem enfrentar dificuldades no funcionamento com novos cortes

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Associação divulgou uma nota após o novo corte no orçamento das universidades e institutos federais.

às 14:49

Foto: Reprodução

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), divulgou uma nota, na segunda-feira (28), após o novo corte no orçamento das universidades e institutos federais de ensino feito pelo Governo Federal.

De acordo com a associação, o Governo Federal teria aproveitado o atual momento de Copa do Mundo e, durante o jogo da seleção brasileira, retirou o dinheiro das contas das universidades, que são destinadas ao pagamento de luz, água e demais serviços prestados.

“Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento”, diz trecho da nota.

Ainda segundo a Andifes, o novo corte no orçamento inviabiliza o funcionamento completo das universidades e instituições federais. A associação ainda acusou o Governo Federal de “puxar o tapete” da Educação Superior no país.

“Essa nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições. […] O governo parece “puxar o tapete” das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes”, acusa a Andifes.

O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) também se pronunciou acerca do ocorrido e afirmou que se preocupa com o funcionamento integral das instituições, que botará em risco os próprios estudantes.

“A assistência estudantil, bolsas de estudo, atividades de ensino, pesquisa e extensão, visitas técnicas e insumos de laboratórios, por exemplo, devem ser afetados. Tal situação deve impactar ainda em serviços de limpeza e segurança dos Campi”, diz o conselho.

Entenda mais

O Governo de Jair Bolsonaro (PL) iniciou o bloqueio de gastos obrigatórios do Orçamento Geral da União de 2022 e o Ministério da Educação foi a primeira pasta a ser afetada com um corte estimado em R$ 1,7 bilhão. As informações são da Esplanada do Ministério e foram divulgadas na segunda-feira (28).

O bloqueio atinge diretamente institutos e universidades federais nos serviços não obrigatórios como assistência estudantil e custeio dos campi – medida que afeta os terceirizados. Uma coletiva de imprensa será feita nesta terça-feira (29) com o objetivo de esclarecer os cortes.

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