O Brasil reiterou a sua posição de considerar Taiwan como uma “parte inseparável da China” em uma declaração conjunta com a República Popular da China (RPC), emitida após uma reunião em Pequim entre o chanceler brasileiro, Carlos França, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
A declaração causou controvérsia entre políticos e especialistas, que criticaram a posição do Brasil em relação a Taiwan, um país que não é reconhecido oficialmente pelo Brasil. No entanto, a declaração não representa uma mudança na política externa brasileira em relação à China ou a Taiwan.
A declaração também abordou a cooperação bilateral em questões como comércio, investimento, agricultura, energia, ciência e tecnologia, além de destacar a importância da vacinação em massa contra a Covid-19.
A reunião ocorreu em um momento em que as relações entre China e Estados Unidos estão tensas e em que Taiwan tem enfrentado uma crescente pressão política e militar da China. Em janeiro, o ex-secretário de Estado americano, Mike Pompeo, eliminou restrições em contatos oficiais com Taiwan, uma ação que a China condenou e que aumentou as tensões entre China e Estados Unidos.
O Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina, com um comércio bilateral de cerca de US$ 102,5 bilhões em 2020. A China é o principal destino das exportações brasileiras, principalmente commodities como soja, minério de ferro e petróleo.
O Brasil mantém relações diplomáticas com a China desde 1974, sendo um dos primeiros países a reconhecer a RPC como governo legítimo da China. Desde então, as relações entre os dois países se aprofundaram, com a China se tornando um importante parceiro comercial do Brasil e o Brasil buscando investimentos chineses em infraestrutura e energia.
