O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) aprovou o calendário para o próximo período de aulas no ensino de graduação. O CEPEX aprovou a proposta elaborada pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG), resultado de ampla consulta à comunidade acadêmica. As aulas começarão no dia 22 de março, tendo como referência o modelo remoto. Mas a novidade é que será possível a flexibilização, em uma decisão que cabe aos colegiados dos cursos.
“A proposta aprovada reflete as manifestações colhidas nas discussões dentro da comunidade universitária. É a média do pensamento da comunidade”, diz Ana Beatriz, Pró-Reitora de Graduação. A flexibilização adotada para o novo período será possível levando em conta a situação sanitária e as condições específicas de cada curso no que diz respeito às disciplinas práticas. Pela resolução, as chefias de departamento e as coordenações de cursos discutem quais componentes podem ser flexibilizados e a quantidade de alunos que poderão assistir às aulas por vez.
“É uma proposta democrática que traz a voz da comunidade, fruto de uma discussão que alcançou todos os centros e campi. E é sobretudo uma proposta responsável que tem como cuidado maior o respeito à vida de alunos, professores e servidores”, ressalta Ana Beatriz. Ela ressalta ainda que a proposta aprovada pelo CEPEX tem ainda o suporte de uma ampla pesquisa entre alunos e professores, quando foi feita avaliação do período 2020.1, encerrado no final de janeiro.
Principais pontos da Decisão do CEPEX
- Período: começa em 22 de março e vai até 21 de julho;
- Modelo: remoto, com possibilidade de flexibilização de componentes curriculares;
- Quem decide: chefias de Departamento e Coordenações de cursos podem adotar a flexibilização de componentes curriculares em razão de condições específicas (como laboratórios) e a situação sanitária.
Os números da pesquisa de avaliação
Na reunião do CEPEX que aconteceu nesta segunda-feira, a PREG apresentou os números da pesquisa de avaliação do período passado, inteiramente remoto. Os dados mostram que cerca de 1.000 alunos trancaram a matrícula. Dos que cursaram o período, participaram da avaliação 6.793 alunos (34,1% dos matriculados) e 718 professores (39,9% do total). Cerca de quatro quintos (79,2%) dos alunos que participaram da pesquisa avaliaram como “Bom” ou “Muito bom” o nível de participação nas aulas e nas atividades de ensino.
Quase metade dos alunos (49,4%) considerou a experiência de ensino remoto Boa (26,6%) e Muito boa (22,8%), número que se soma aos 27,4% que consideraram Regular. A avaliação negativa é de 23,4%, soma de Ruim (11,9%) e Muito ruim (11,5%). Outros índices são ainda mais positivos. Ao avaliarem a própria competência no uso de novas tecnologias, Bom e Muito bom somam quase dois terços (63,6%); com Ruim e Muito Ruim chegam apenas a 13%. Os estudantes avaliam muito positivamente o desempenho dos professores, também com mais de 60% de Bom e Muito Bom.
Entre os docentes, repete-se a percepção positiva. A pesquisa realizada pela PREG mostra que apenas 11,6% dos professores apontam como Ruim ou Muito Ruim o ambiente on-line de aprendizagem. É ainda menor o percentual dos que mostram dificuldades com as novas tecnologias: só 5,3% para os índices de Ruim e Muito Ruim, enquanto 76,5% avaliam como Bom ou Muito bom. Vale observar, a UFPI – através do Centro de Educação a Distância – promoveu ampla qualificação dos seus docentes.