O ex-policial militar Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de matar o cabo Samuel de Sousa Borges, em fevereiro de 2019 após uma discussão, será transferido para o sistema prisional do Piauí após uma decisão da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina.
Francisco Ribeiro estava preso em um presídio militar, em São Luís, mas foi expulso da corporação e perdeu o direito de ficar recluso nesse tipo de unidade prisional. O ex-policial também é acusado de outros três homicídios todos em Teresina.
RELEMBRE O CRIME
O cabo Samuel Borges tinha 30 anos, era policial militar há quase uma década e fazia guarda na vice-governadoria do Piauí. Ele e o filho, de 8 anos, pilotavam uma moto quando se envolveram em uma discussão com Francisco Ribeiro, que também era policial militar.
Segundo o coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, delegado Francisco Baretta, responsável pelas investigações, a vítima achou que o suspeito fosse um assaltante, já que ele pilotava uma moto sem placa e parecia armado. Samuel deu ordem de parada, mas o semáforo abriu e o PM continuou o trajeto. Em outro semáforo, na Av. Presidente Kennedy, Samuel o abordou novamente. Dessa vez, Francisco teria respondido “que não devia satisfações à ninguém”. O sinal abriu e teve início uma perseguição policial. O filho de 8 anos da vítima continuou na garupa.

O suspeito percebeu que era seguido e parou ao chegar no cruzamento das ruas Cândido Ferraz e Verbena, próximo ao Instituto Dom Barreto. Lá, ele questionou por que Samuel o estava seguindo. O piauiense se identificou como policial e os dois começaram a discutir sobre a suposta arma irregular. Os seguranças do colégio tentaram intervir ao ver a cena. Os dois se acalmaram e Francisco se afastou.
Francisco teria atirado três vezes contra Samuel, que estava de costas e desarmado. O filho presenciou o crime e pediu que o suspeito não matasse o pai. Após ouvir os disparos, ele correu para pedir ajuda. O cabo chegou a ser socorrido, mas morreu à caminho do hospital.
FONTE: OITOMEIA