domingo, dezembro 22, 2024
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60% dos estados monitoram acesso ao ensino remoto: resultados mostram ‘apagão’ do ensino público na pandemia

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Após pouco mais 100 dias de suspensão das aulas presenciais pelo país para conter a pandemia do coronavírus, um levantamento junto às secretarias estaduais de educação aponta que 15 dos 25 estados que implantaram atividades à distância monitoram a adesão dos estudantes ao ensino remoto. Os índices mostram também que as aulas on-line não são acompanhadas por todos os alunos.

Isso significa que, apesar dos esforços das redes, parte dos estudantes pode não ter acesso à educação na pandemia. As razões são várias – e incluem falta de estrutura em casa, de computadores ou de conexão. A alternativa para os alunos é recorrer às atividades impressas ou à transmissão por outras mídias, como TV aberta ou via rádio. Nesses casos, também é difícil mensurar quantos estudantes estão efetivamente assistindo ao conteúdo.

Quase 4 meses após a suspensão das aulas presenciais, o balanço aponta que:

25 estados e o DF implantaram aulas remotas: AC; AL; AM; AP; CE; ES; GO; MA; MG; MS; MT; PA; PB; PE; PI; PR; RJ; RN; RO; RR; RS; SC; SE; SP; e TO.

Na BA, não há aulas on-line, mas, sim, roteiros de estudo.

No PI, apenas 9% dos alunos da rede estadual de ensino assistem às aulas pela internet – 91% estão fora das plataformas on-line de educação.

Em RR e SP, mais da metade dos alunos não tem acesso aos conteúdos pelas plataformas digitais.

Em 5 estados, o ensino on-line não chega de 20% a até 25% dos estudantes.

Em 7 estados, o ensino on-line não chega a até 15%.

“Um resumo que pode ser feito é que foram meses de incertezas e improvisos imensos”, afirma Priscila Vieira, professora em Goiás.

Os dados não apenas revelam um “apagão” do ensino público na pandemia – eles acendem o alerta quando se observa que a maioria dos estados vai adotar as aulas remotas como equivalentes às aulas presenciais.

Na prática, isso quer dizer que as “horas de tela” vão contar como tempo em sala de aula no ano letivo. A medida está autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) desde o início de junho.

Com informações do G1

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