O Palmeiras não pretende inscrever o atacante Miguel Borja na fase semifinal da Copa Libertadores. Perto do fim do empréstimo com o Junior Barranquilla, o jogador, maior investimento da história do clube (R$ 35 milhões), retorna para buscar um novo futuro com um sentimento de frustração e tristeza, como relatou o próprio em conversa com o ge.

Durante a entrevista, Borja lamentou a sinalização de que não terá a oportunidade de reforçar o Verdão na reta final de temporada, especialmente no duelo semifinal de Libertadores contra o River Plate (nos dias 5, na Argentina, e 12, no Allianz Parque).
— Fico triste, foi uma surpresa para mim o Palmeiras não me inscrever na Libertadores. Eu poderia ajudar em uma semifinal. Queria muito ajudar. Tenho um carinho muito grande pelo Palmeiras por tudo o que fiz e pelo que a torcida fez por mim. Jamais vou esquecer aquela recepção que fizeram para mim (no aeroporto de Guarulhos) — comentou Borja.
— Não entendo o motivo de não me quererem. Sou jogador do Palmeiras, era só chegar, vestir a camisa e jogar. Não entendo essa situação — acrescentou o atacante.
Borja não poderia ser inscrito no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil por questões de calendário. Em relação à Libertadores, o Palmeiras precisaria de uma liberação da Fifa para regularizar o atacante, com base na paralisação pela pandemia do novo coronavírus.
O clube alviverde possui o direito de fazer três trocas na lista para a semifinal contra o River Plate. As alterações podem ser feitas até 72h antes do início do confronto contra os argentinos. O jogo de ida, em Avellaneda, está marcado para o dia 5 de janeiro.
— São esses momentos que gostaria de provar que sirvo para o Palmeiras, que sirvo para jogar contra um River Plate. Estava muito motivado. Gosto de dar a volta por cima. Tenho Deus na minha vida e é nesse momento que Deus me dá a força para dar a volta por cima — falou Miguel Borja, que anotou 20 gols em 36 jogos pelo Junior Barranquilla.