Antes mesmo de encerrarem as chances de acesso, o Cruzeiro já viu seu time começar a se desfazer. Primeiro, com o meia Régis, que não teve contrato renovado. Agora, com Arthur Caíke. Com vínculo até o fim da Série B, ele não continuaria no clube e, devido a uma proposta vantajosa do Kashima Antlers, do Japão, acertou a saída antecipada da Raposa. Para isso, chegou a um acordo a longo prazo para receber os atrasados.

O Cruzeiro irá pagar os vencimentos atrasados (segunda quinzena de outubro, novembro, dezembro, 13º, proporcional de férias e mais 10 dias de janeiro) de maneira mensal, em um acordo que supera uma temporada, entrará no planejamento financeiro da Raposa e também agradou ao jogador.
O ge conversou com o empresário do atleta, Edson Neto, que contou sobre os bastidores do acordo e da saída também de Caíke do Cruzeiro. Contratado em agosto, o jogador fez 24 jogos e marcou quatro gols.
- Falei com o Deivid: vocês estão com alguns meses atrasados. Se a gente acertar dia 10, já ficam 20 dias de contrato do Arthur. E outra: ele não é titular absoluto do Cruzeiro. Disse que seria mais vantagem, queira ou não queira, se preocupar com a saúde financeira do clube. Economizar qualquer coisa, hoje, é bem vindo. Aí eles entenderam, reconheceram essa questão.
“O que estava para trás, a gente acertou e parcelou. O Cruzeiro não teria como pagar tudo de uma vez, e o Arthur acabou fazendo um acerto parcelado, por um longo tempo. Não tínhamos necessidade de prejudicar o Cruzeiro, ainda mais num momento complicado que o clube passa” – Edson Neto.
O investimento para permanência de Caíke não estava na realidade cruzeirense. O Al Shabab (Arábia Saudita), então dono dos direitos econômicos do jogador, tinha fixado em 1,2 milhão de dólares o preço para venda. Caíke também recebia vencimentos muito superiores ao teto salarial cruzeirense.
- O que pesa na questão do Arthur: o salário, que era muito alto para a realidade do Cruzeiro, até porque eles terão que se readequar ainda mais para o ano que vem. A questão dos clubes, porque o Al Shabab exigia 1 milhão de dólares, e o Kashima pagou o valor para ter o Arthur, além do salário, que ele teve que diminuir bastante. E o Cruzeiro não tinha condição de pagar isso. Arthur abriu mão de 50% do salário que ele recebia (para fechar com o Cruzeiro), por causa do projeto, por acreditar no acesso, tudo mais – disse o empresário.
Fonte: GE